Finalmente assisti à nova versão do filme Emma que estreou em 2020, baseado no livro de Jane Austen e que inspirou o filme “Patricinhas de Beverly Hills”. Já era fã da versão de 1996, que tinha um elenco com atores excepcionais como: Toni Collette, Allan Cumming, Ewan Mc Gregor, entre outros, e portanto tinha uma memória afetiva que me deixava um pouco medrosa de assistir a versão nova.
Para a minha mais que agradável surpresa, apesar do elenco da versão de 1996 ser espetacular, a repaginação de Emma conseguiu superar todas as minhas expectativas – inclusive revi a versão anterior para conferir. Do figurino, à trilha sonora, à produção de arte e cenários, à forma como trataram os diálogos – que apesar de serem mais “rebuscados” soam muito mais reais que na versão anterior – Emma de 2020 é uma versão superior ao clássico que tinha me apaixonado na adolescência. A começar pela escolha da protagonista, apesar de ambas terem a mesma idade quando filmaram a obra, Anya-Taylor Joy (de “O Gambito da Rainha” da Netflix), a nova Emma, é muito mais jovial e traz uma imprudência e frivolidade ao papel que Gwyneth Paltrow não conseguiu.
O que achei mais interessante se comparamos os dois filmes é que a história e os diálogos são praticamente idênticos, mas o rebuscamento que adicionaram nessa nova versão, deixou – algo que é difícil de acreditar – mais reais e fluídas as conversações. E a trilha sonora , é um deleite à parte.
Uma participação que me surpreendeu no elenco novo é a de Josh O’Connor, mais conhecido como o Príncipe Charles na série de The Crown (Netflix). O rapaz está excelente como Mr. Elton, e também, apesar de ser apenas um ano mais novo que seu antecessor no papel – Alan Cumming (Cabaret, The Good Wife), também parece muito mais adequado e confortável nos “hábitos” do Vigário do filme. Mais um jovem ator britânico para ficarmos de olho.
A versão nova do filme, da Universal Pictures, foi lançada no Brasil em VOD (Vídeo On Demand) e pode ser encontrada no Telecine e alugada no YouTube. Esperamos que em breve seja seguro para que ela possa ir ao cinemas entreter e encantar não só as fãs de Jane Austen, mas como apresentar o clássico à novas fãs.
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Beijos,
Sil