Meu interesse na 2a Guerra Mundial surgiu quando, aos 11 anos, ganhei o livro “O Diário de Anne Frank”. Então desde aquela época, consumo livros e filmes sobre o assunto. Então quando perguntaram se eu queria ver um filme chamado “Quando Hitler roubou o Coelho cor de rosa”, eu fiquei interessada, afinal o que seria o tal coelho do título do filme? E óbvio, quando falamos de Guerra, é impossível não esperar um final trágico.
Entretanto o filme me surpreendeu mais do que esperava e positivamente! Contando uma versão de uma história real, que eu devo confessar me lembrou um pouco do jeito que “JoJo Rabbit”, mostra a situação, só que dessa vez na visão de uma menina judia alemã e não na versão satirizada de Hitler e outros soldados, que Taika Waititi, nos entregou em uma comédia.
O filme começa em Janeiro de 1933 poucos dias antes da eleição de Hitler na Alemanha. E Anna, a dona do Coelho cor de rosa, eventualmente se vê obrigada a fugir de Berlim e de tudo que ela considera sua casa. Isso acontece logo após sua mãe receber uma ligação que discutia o futuro do marido dela caso Hitler ganhasse. E é a partir desse momento Anna vê sua vida virar completamente. É claro que a situação ocorre pois o Arthur, seu pai, é um importante jornalista Anti-Hitlerismo, Socialista e Judeu, ou seja, com toda a campanha que ele fez contra Hitler, certamente seria caçado e executado caso o mesmo subisse ao poder.
A família muda para a Suíça às pressas e, infelizmente, acaba descobrindo já como anti-semitismo tomava conta da Europa naquele momento Pré Guerra. Mas é nesses momentos onde o filme brilha, afinal o pai das crianças os ensina que eles tem como obrigação de mostrar que não são o que o Partido Nazista espalhava por aí sobre os judeus. Muito pelo contrário, eles deveriam agir sempre como as boas pessoas que eram, educados, preocupados com os outros. Em poucas palavras, tentar derrotar as mentiras com a verdade que eles eram iguais a todo o resto da humanidade.
O filme, apesar do tema indiscutivelmente horrível, é um filme que merece ser visto, especialmente pelas atuações incríveis da família, especialmente de Oliver Masucci – mais conhecido pelo seu papel de Ulrich na série da Netflix “Dark”. E para quem está pensando se é a hora de ver um filme sobre os horrores de uma guerra, a história é baseada no livro infantil que Anna, mais conhecida como Judith Kerr, escreveu quando mais velha sobre sua infância e família.
Trazido para o Brasil pela A2 filmes, o filme estreou 10/12 nos cinemas, mas em breve deverá estar no catálogo do Streaming da A2 que aliás está recheada de filmes interessantes para quem está cansado das produções tradicionais e quer assistir uma história de qualidade e diferente. Em breve, trarei mais títulos que já estão no streaming para vocês conhecerem. Afinal, esse streaming é excelente para aquela fugida do básico e conhecer títulos alemães, franceses, e até americanos inclusive, mas infelizmente que muitas vezes não chegavam nas salas de cinema grandes.
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Beijos!
Sil
Achei o máximo a resenha e a história do filme! Mas depois do Menino do Pijama Listrado eu fico meio indecisa sobre ver filmes com crianças na Segunda Guerra Mundial, afinal aquele filme acabou comigo. Vou ver quando estiver num bom momento.
Sinceramente, curti sua resenha, mas não sei se o filme me interessa
Garanto que não é nada como “O Menino do Pijama Listrado”! O filme é pré Guerra, eles saem em 1933 da Alemanha
Um que acabou comigo foi “Filho de Saul”, esse é maravilhoso mas não recomendaria para o momento… Mas o Coelho é bom e mais tranquilo.
Beijos!
Assunto sempre de interesse, principalmente para manter, nos mais jovens, o conhecimento dos horrores praticados durante o nazismo
Felizmente esse filme é pré Guerra, então os horrores ficam mais no que a família passa saindo de Berlim e ouvindo já os comentários anti-semitas.
Mas sim, acho que é um filme que pode iniciar os mais jovens no que foi a 2GM.
Beijos!
Ao contrário de vc, o título me afugentou
Mas assim que eu tiver alcance ao filme, não vou deixar de ver