O novo longa animado da Pixar, primeiro a estrear diretamente na Disney+, já é um clássico. Impecável, desde sua trilha sonora – composta pela dupla premiada Trent Reznor e Atticus Ross, junto com o jazzista Jon Batiste – até o estrelado elenco de voz – que conta com Jamie Foxx no papel principal, Tina Fey como 22, a nossa estrela Alice Braga, entre outros nomes conhecidos da televisão – o filme foi escolhido para estrear dia 25 de dezembro de 2020, após o atraso devido a Pandemia. Sim, inicialmente Soul seria lançado nos cinemas, mas os estúdios sabiamente trocaram por uma estreia mundial no canal de streaming na data de Natal. E eu acabei de assistir, no dia 24/12, uma das animações com mais significado que já vi até hoje.
Vou evitar dar Spoilers, entretanto é fundamental avisar: Soul não é uma história feita para crianças. Não estou dizendo que crianças não possam assisti-la, mas é importante que os pais saibam que além de várias questões existenciais – um pouco mais complexas do que as que vimos em Divertidamente também da Pixar – em alguns momentos eu fiquei parada na frente da tela me perguntando sobre “todos os campos quânticos do Universo” (citando uma fala do filme). Resumidamente, o filme fala sobre questões existenciais, sobre vida e morte e sobre razões para viver. E apesar de ter um final “feel good”, eu fiquei pensando nos meus próprios motivos para fazer o que eu faço.
Com todas essas questões Soul me lembrou um estilo de filme comum nos EUA: os filmes estilo fantasia dramáticos natalinos, o mais famoso “It’s a Wonderful Life” (“A felicidade não se compra”) de Frank Capra. O clássico de Capra é considerado um dos melhores filmes de todos os tempos e assistido por milhares de famílias, incluindo crianças, todos os anos durante o Natal. Não sei o quanto essa comparação foi uma impressão pessoal, mas essa foi a sensação que tive. Fazendo essa comparação entre ambas as obras, continuo afirmando que Soul nasceu um clássico de Natal, apesar de inicialmente não ter sido pensando para a data. Mas com toda sua profundidade, o filme é uma versão moderna, em formato de animação e atualizada desse estilo. E óbvio que apesar de não ser feito para o público infantil, talvez seja uma forma das crianças começarem a entender algumas questões da vida. E existem momentos que elas certamente vão se divertir.
Eu confesso que quase adiei esse texto pois Soul me deixou sentimental e pensativa, mas preferi deixar logo a minha impressão e dizer para assistirem à animação. E sim, talvez vocês talvez fiquem sentimentais e pensativos, mas após um tempo a mensagem fantástica que o filme trás, valerá a pena.
E por favor, quem assistir com crianças me contêm as reações delas. E lógico que também quero saber o que vocês acharam de Soul, aqui ou nas nossas redes sociais: Facebook ou Instagram. Aliás já está seguindo para saber de mais novidades sobre filmes e séries?
AH! O filme tem uma cena após os créditos, mas é apenas uma brincadeira com os telespectadores. De qualquer maneira vale a pena assistir os créditos da animação, é difícil de explicar mas fazem parte da experiência de “emergir” da intensidade de Soul.
Beijos,
Sil
Eu vi o desenho com meu neto e adoramos.
Estava louca para saber a opinião de alguém que viu com uma criança! O que ele achou? Ele fez algum questionamento?
E que bom que ele gostou!
Beijos para vocês
Assisti e mexeu bastante comigo também
Um encanto de filme/desenho
Ainda bem que vc não adiou o texto
Assim ficou a dica para o final de semana
E de brinde verei o outro filme, que não conhecia
O texto valeu por duas indicações, pois não vi o outro filme
Verei os dois
Seu texto já me fez pensar. Estou imaginando o filme